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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Atendimento às mulheres



Semana passada uma colega de trabalho compartilhou um episódio familiar: Sua mãe havia sido agredida pelo padrasto com uma ripada, ficou com uma fratura exposta para se defender da pancada. O marido a vendo satisfeita, voltou a beber no bairro da frente. Ela contou isso, porque faltou uns dias de trabalho, porque estava auxiliando a mãe, que submeteu a duas cirurgias.
A história já é um terror, mas o pior é que essa mulher ligou para a polícia. Ela pediu ajuda e no momento não havia viaturas, por isso o policial anotou o número e disse que retornaria. Apesar de estar sentindo muita dor, a senhora aguardou, porque se a polícia fosse, seria um flagrante e o marido seria preso. Uma hora depois pasmem! o policial ligou, mas para repetir que não tinha viatura mesmo e que ela fosse para o Pronto de Socorro.
O marido tá solto, ela está se recuperando das cirurgias e qualquer pessoa vai dizer que ela tem sorte de estar viva! Mas uma feminista como nós com certeza vai dizer que ela não teve foi sorte alguma, ela é uma consequência da má gestão de vários setores públicos e essa mulher ainda vai padecer muito antes de ter dias de paz.
Mais uma vez, eu reafirmo que é para isso que o movimento feminista luta: pelos direitos! E são em vários setores que falta eficiência e humanização, como registram duas matérias jornalísticas veiculadas só essa semana em sites locais:

http://www.ac24horas.com/2013/12/17/mulher-violentada-com-facadas-pelo-marido-perde-o-braco-e-familia-acusa-pronto-socorro-de-negligencia/

http://www.ac24horas.com/2013/12/17/mulher-reclama-da-demora-na-obtencao-do-exame-de-papanicolau-na-rede-publica-do-acre/

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